A empresa responsável pelo
transporte coletivo de Votorantim, fez um acordo com a Prefeitura para manter o
serviço na cidade. No sábado (18), a empresa tinha anunciado o fim das
atividades e a cidade estava sem ônibus.
No começo da manhã desta
segunda-feira (20), funcionários fizeram uma oração na garagem. A empresa que é
responsável pelo transporte urbano em Votorantim, São Miguel Arcanjo, Salto de
Pirapora e linhas metropolitanas da região alega que a receita diminuiu 90% e
por isso não teria condições de manter o transporte público.
O grupo estava em negociações com o
sindicato dos rodoviários de Sorocaba e região a respeito da redução salarial e
da jornada de trabalho.
O sindicato informou por meio de
nota que recebeu a notícia da paralisação com surpresa pois ainda estava em
negociação.
Um acordo com a Prefeitura foi feito
neste domingo (19). Os ônibus voltaram a circular, mas em horários especiais.
De acordo com a empresa, das 37 linhas entre urbanas e metropolitanas apenas 6 estão operando.
No terminal rodoviário de Votorantim,
plataformas praticamente vazias e os passageiros precisaram de paciência para
pegar o ônibus.
A EMTU (Empresa Metropolitana de
Transportes Urbanos) disse que vai garantir aos cidadãos a operação das 23
linhas metropolitanas operadas pela Viação São João, que hoje atende os
municípios de Sorocaba, Boituva, Votorantim, Piedade, Porto Feliz, Salto de
Pirapora, São Miguel Arcanjo e Tapiraí. A continuidade do serviço será feita
com operadoras de outras regiões.
Já a Prefeitura de Votorantim
informou que foi pega de surpresa com a paralisação total no transporte
coletivo urbano neste sábado (18) e que já estuda, de acordo com o que prevê o
contrato de concessão dos serviços, tomar as devidas atitudes, dentro da
legalidade. Ressalta, ainda, que já há alguns dias a empresa vinha informando à
administração municipal sobre a queda no índice de ocupação, com uma
arrecadação abaixo de cobrir os seus custos operacionais, situação que se
agravou com a tentativa frustrada de negociação com o sindicato da categoria
para o acordo trabalhista durante a pandemia, previsto pelo governo federal
para garantir a manutenção dos empregos. A Prefeitura reforça que é importante
lembrar que muito desse contratempo se deve à obrigatoriedade do decreto do
Governo do Estado de manter os serviços essenciais na cidade e os demais fechados
durante a quarentena, e no Estado de Calamidade Pública, no enfrentamento da
covid-19.
https://www.youtube.com/watch?v=tWzbprYk0p4&feature=youtu.be
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