Segundo o Ministério do Trabalho, nos primeiros seis meses de 2023 o número de mortes em ambiente de trabalho aumentou 175% na microrregião de Sorocaba, que inclui 15 cidades.

No primeiro semestre de 2023, 11 pessoas morreram em acidentes de trabalho na região, enquanto no mesmo período do ano passado foram 4 mortes. Em 2022, só em Sorocaba, dados do Centro de Referência da Saúde do Trabalhador já mostravam um aumento de 25% nos acidentes comparando com 2021.

De acordo com os órgãos ligados à segurança do trabalhador, a maior parte ocorre na construção civil. No começo deste mês, a morte de um trabalhador numa obra no bairro Campolim, em Sorocaba, repercutiu na cidade.

Uma grade caiu do décimo oitavo andar e atingiu o funcionário, de 28 anos, que morreu no local. Mas este é apenas mais um caso no cenário de crescimento de acidentes e mortes.

O chefe de fiscalização do Ministério do Trabalho explica que um dos problemas é a falta de equipamentos de segurança nas obras de acordo com o que está previsto nas normas.

Advogados trabalhistas dizem ainda que muitas empresas falham ao não registrar corretamente os acidentes, o que indica que os números podem ser ainda maiores.

Nossa equipe de jornalismo entrou em contato com o Cerest de Sorocaba e eles informaram que, conforme a lei federal, a comunicação de acidente de trabalho deve ser feita pela empresa responsável onde atua o profissional.

Disseram também que na falta de comunicação por parte da empresa, o próprio acidentado, algum familiar, autoridade pública ou o médico pode informar ao Centro de Referência para Saúde do Trabalhador de Sorocaba e Região. Uma nota também foi pedida para o Ministério Público do Trabalho sobre a falta de servidores, mas não tivemos resposta.

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