O retorno dos ônibus nas ruas de Sorocaba, que estava previsto para às 16h desta sexta-feira (24) não aconteceu. Os motoristas mantiveram o protesto e os veículos ficaram parados.
De acordo com o sindicato dos rodoviários, as empresas CONSOR e STU, estão fazendo demissão em massa por meio de telegrama. Por isso, os trabalhadores não quiseram voltar. Portanto, é possível que o transporte fique parado em definitivo a partir desta sexta-feira, diz o sindicato.
O sindicato diz que as empresas não pagaram
o salário completo referente ao mês de março e o adiantamento salarial no dia
20 deste mês.
Nota das empresas
O CONSOR e a STU pedem desculpas à população sorocabana pela falta de transporte na cidade e esclarece que também foram surpreendidos pela ação de paralisação feita pelo sindicato dos rodoviários.
Conforme informamos nos últimos dias,
estamos enfrentando uma grave situação de arrecadação devido a pandemia do
covid-19. O isolamento social gerou a queda no transporte de passageiros e,
consequentemente, impactou no faturamento das empresas.
Recebemos o apoio financeiro da prefeitura
que ajudará somente em parte do pagamento das despesas referente a circulação
de 40% da frota, porém para os 60% restantes não há recurso disponível em
caixa.
Diante da realidade e contrário à vontade
das empresas, não temos outra opção senão dispensar parte dos colaboradores.
Lamentamos profundamente essa medida, mas foi a única solução encontrada para
que alguns postos de trabalho sejam preservados e evitemos o fechamento total
da operação pela falta de subsídio.
Pela vontade das empresas, todos estariam
trabalhando e recebendo seus pagamentos corretamente como lhes é de direito. No
entanto, as consequências da pandemia estão indo muito além de afetar a saúde
física dos brasileiros. Agora, é a saúde da economia que está adoecendo.
Aproveitamos a oportunidade para explicar
que o sindicato aceitou o acordo com base na medida provisória 936/20 para a
redução de salarial conforme a carga horária de trabalho. Porém, a entidade
deseja que o rodoviário trabalhe metade e exige que receba a remuneração total.
O que não é possível pela falta de caixa das empresas. A proposta colocada
pelas empresas é a condição possível para o atual momento.
O CONSOR e a STU repudiam a situação de violência e depredação ocorrida na garagem da STU na tarde de ontem (24/4) e reafirma o posicionamento de que soluções devem ser buscadas por meio do diálogo e da união. “Cada profissional representa uma família e sabemos que todos são importantes, por isso, seguimos firmes com o propósito de fazer o melhor dentro das nossas possibilidades e deveres”.
https://www.youtube.com/watch?v=nVOpKlAngzw&feature=youtu.be
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