Em um ambiente de trabalho com ferramentas e motores, muita gente pode pensar que os funcionários sejam apenas homens. Mas a empresária Sandra Nalli lutou bastante para mudar esse pensamento. O amor pela mecânica veio na adolescência, quando ela começou a dirigir o fusca vermelho do pai. Logo, ela decidiu que queria seguir a profissão mecânica. Mas para conquistar espaço e respeito, precisou enfrentar bastante preconceito, principalmente entre os homens. Depois de muitos obstáculos, Sandra decidiu transformar o amor pela profissão em empreendedorismo para ensinar outras pessoas que querem ser mecânicas. Ao todo, ela já abriu mais de 34 escolas, inclusive em Sorocaba. E a ideia, é formar e inspirar mulheres nesse seguimento.
E o trabalho da Sandra está diretamente ligado ao de outra sorocabana que faz a diferença. Enquanto ela deixa os veículos prontos para circular pelas ruas. A Márcia Giampietro é motorista de transporte público há nove anos. E poder trabalhar nessa área é a realização de um sonho dela. Ela começou trabalhando no transporte fretado, passou pelo transporte urbano e hoje dirige a linha Maria Eugênia, do BRT. No transporte urbano de Sorocaba, apenas 4,61% das motoristas são mulheres. Apesar do número ser baixo, ela nunca sofreu preconceito e sempre recebeu apoio.
Michele Fernanda também atua em uma profissão que é rodeada por homens. Ela é oficial de arbitragem e precisou vencer duas barreiras para trabalhar na área: primeiramente por ser uma mulher e depois por ter síndrome de Down. E o trabalho dela é muito importante. Antes da bola rolar no campo, os jogadores precisam assinar as súmulas. Depois, todos os detalhes do jogo são anotados por ela.
Aos poucos, mulheres como a Michele estão conquistando espaço no campo. Segundo dados da Confederação Brasileira de Futebol, a participação feminina nas escalas de arbitragem passou de 4,47% em 2009 para quase 17% em 2020.
Seja no campo, em uma oficina ou no transporte, o lugar das mulheres é onde elas quiserem.
https://youtu.be/YYt3UBhqqCM
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