Rachaduras, pisos soltos e quebrados, infiltrações. Essas são as condições da escola estadual estação George Oetterer, em Iperó.
A escola tem três turnos e atende estudantes do ensino médio. Foi construída em um convênio firmado entre a prefeitura de Iperó; a FDE, fundação para o desenvolvimento da educação; e a secretaria de estado da educação. O convênio, assinado em 2013, tinha o valor de 3 milhões e 180 mil de reais. A inauguração do prédio foi há 5 anos.
Mesmo com o plano São Paulo autorizando escolas estaduais a operarem com capacidade de 100%, nessa unidade não é possível. Pelo menos três salas estão interditadas, assim como a sala de leitura e uma sala de matemática. Alguns pais decidiram não mandar os filhos para a escola.
Na recepção da escola, estão colados vários documentos e relatórios. Em um deles, de 30 de julho, a diretoria de ensino de itu, responsável pela administração da escola, informa que uma visita foi feita pela FDE e secretaria municipal de obras e teria concluído que o prédio não apresenta riscos estruturais aparentes, passíveis de interdição pela defesa civil. Dizia ainda que, com o relatório da visita, não havia impeditivos para o retorno das aulas em 2 de agosto. Que apenas recomendava a não utilização das salas 2 e 3 até a correção de necessidades.
Mas 10 dias depois, em 9 de agosto, o secretário de obras de Iperó, Eduardo Kenji Monteiro de Souza, assinou um ofício. Apontou que, apesar de a visita técnica não indicar a necessidade de interdição pela defesa civil, considera mais prudente um estudo aprofundado nas estruturas do prédio. O secretário também escreve que, para total segurança de alunos e funcionários, seria recomendável o retorno presencial apenas após apresentação de laudo técnico final.
Depois disso, a direção da escola enviou ofício no mesmo dia à diretoria de ensino de itu, pedindo um posicionamento e orientação diante dos apontamentos feitos pelo secretário municipal de obras.
A prefeitura de Iperó, através da secretaria de obras, informa que tomou conhecimento dos fatos e, imediatamente, realizou uma vistoria notificando a empresa que realizou a obra de construção. O laudo elaborado indica que não há aparente risco estrutural no prédio. Em resposta à notificação, a empresa executora confirmou que não há riscos para alunos e professores.
A prefeitura, por precaução, sugeriu a suspensão das aulas, mas, por se tratar de uma escola estadual, a decisão está a cargo da diretoria ensino, e não em poder do município.
A produção a TV Sorocaba/SBT também entrou em contato com Governo do Estado de São Paulo e a secretaria de educação informou que está levantando as informações sobre o caso e assim que tiverem um retorno, vai entrar em contato.
https://youtu.be/W4dAm_C9Nr8
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